Muito têm se falado nos últimos tempos sobre as adversidades que, a maior pandemia que se têm conhecimento, trouxe como modo de vida à nossa sociedade. As informações vão desde os cuidados básicos de prevenção ao contágio, passando pelo tratamento em diversos níveis, como também a respeito da retomada das atividades em todos os nossos setores.
O setor do turismo, seja de negócios ou lazer, foi bastante afetado com o COVID-19. Provocando desde o fechamento imediato e paralisação das atividades, até o retorno nos últimos estágios de reabertura em diversas cidades e estados, nós temos muitos desafios à frente. Somos um setor que vinha se recuperando, apesar de muitos fatores econômicos não terem favorecido como esperado.
O nosso país sempre foi muito requisitado como destino turístico , mas não chega perto de muitas outras potências mundiais como os Estados Unidos em números. Possuímos em nosso território muito mais do que belezas naturais. Somos um país contundente em infraestrutura básica de apoio ao setor. E o nosso próprio setor, já aprendeu muito se organizando em diversos Bureau´s país a fora.
O turista brasileiro hoje sabe que tem uma rede de apoio grande em território nacional. São muitas agências de apoio e sites com informações diversas sobre muitas regiões dentro no nosso território. As melhores e maiores ferramentas de trade turístico mundial, hoje olham para o nosso país como uma frente inovadora. E assim sendo, neste momento desafiador que muitos setores enfrentam, nós do Setor de Turismo, temos por obrigação conseguir transmitir ao turista a sensação de segurança sanitária.
Sabemos que existe uma grande demanda reprimida por quase 05 meses de pandemia e isolamento social, mas a maioria dos nossos viajantes são famílias, e por conta desse fator, se tornou essencial oferecer protocolos de segurança. Algumas ações foram tomadas, tanto pelo Governo Federal, com o lançamento do Selo Turismo Responsável, como pelo Governos Estadual através do Selo Turismo Consciente com o objetivo de demonstrar o cuidado que os meios de hospedagem estão tendo com seus hóspedes.
Os protocolos são rígidos, e devem ser seguidos à risca pelos estabelecimentos desde agências de viagens, a pontos turísticos, eventos, realizadoras e promotoras de eventos, bem como serviços dos mais diversos níveis de hospedagem.As medidas de prevenção e controle da infecção pelo SARS-Cov-2 e demais vírus respiratórios devem ser implementadas pelos responsáveis técnicos e todos funcionários a fim de evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de vírus durante o tempo em que as pessoas estiverem expostas nas áreas comuns, áreas de serviço e quartos de hóspedes.
Portanto, as equipes gerenciais desses estabelecimentos, em consulta com as autoridades locais de saúde, devem estabelecer medidas adequadas e atualizadas à situação, com o objetivo de prevenir, gerenciar e mitigar o impacto da Covid-19 e de demais infecções respiratórias entre clientes e funcionários, incluindo limpeza e desinfecção de quartos ocupados por pessoas doentes. Além de todo o trabalho de implementação, gestão, treinamento e diversificação que o setor todo deverá cumprir para obter os selos obrigatórios, existem outros desafios colocados literalmente à mesa.
Durante os meses de isolamento social, todo o setor operou com 14% de sua capacidade. Isso transformou toda a cadeia, desde os empregadores e empregados diretos como os indiretos, que contribuem com insumos para as unidades.
Os órgãos federais calculam que já se deixou de arrecadar algo em torno de mais de 150 Bilhões de Reais em todo o setor turístico brasileiro. Esse fator abriu uma lacuna imensa e proporcionou muitos encerramentos de atividades. Acredita-se que, em se falando de recuperação, ela ocorrerá de forma parcial apenas em 2020. Concretizando apenas no segundo semestre de 2021, a recuperação total do setor em normalidade de atividades. De março a agosto de 2020, foi provocada uma enorme queda de mais 40% nas previsões de faturamento de hotéis e similares. Isso retraiu muito novos investimentos em toda a cadeia pertencente ao turismo brasileiro. E não foram somente os empregadores que sofreram e estão em situações desafiadoras.
Os empregados do setor vão se realocar em média apenas 50% neste ano. Os demais podem esperar por novas oportunidades apenas em 2021.
Diante de tal cenário, o turismo brasileiro encara de frente todas essas adversidades e mesmo assim, enxerga muitas boas oportunidades e lhes apresenta ao mercado da melhor maneira possível. Existem pesquisas que demonstram que o turismo local / nacional será o primeiro a se recuperar. Isso traz ânimo e energia aos empreendedores do setor.
Nós sabemos o quanto será difícil reconhecer e confiar na segurança sanitária de países vizinhos, quanto mais os que estão em outros continentes. Nem tão cedo o turista brasileiro irá visitar em massa outros países. E seguindo em frente, nós devemos olhar para cá e buscar as melhores opções dentre todas as certificadas, para podermos aliviar a tensão desses “novos tempos” .